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Início Cidades

Habitação

Uma a cada oito famílias de Curitiba está na fila da Cohab

Contraste entre imóveis vazios e luta por moradia expõe fragilidade nas políticas habitacionais na capital do Paraná

20.fev.2017 às 10h17
Curitiba (PR)
Daniel Giovanaz
Prefeito Rafael Greca (centro) não incluiu o debate sobre moradia em nenhuma das onze páginas de seu plano de governo

Prefeito Rafael Greca (centro) não incluiu o debate sobre moradia em nenhuma das onze páginas de seu plano de governo - Prefeito Rafael Greca (centro) não incluiu o debate sobre moradia em nenhuma das onze páginas de seu plano de governo

Em outubro de 2008, a PM usou bombas e balas de borracha para fazer a reintegração de posse de uma área de 170 mil m² que havia sido ocupada por 1,5 mil famílias na Fazendinha. Nove anos depois, quem a por aquele local encontra um terreno baldio, subutilizado. Já os ex-ocupantes, que deixaram o terreno à força, aram a integrar uma estatística reveladora das políticas habitacionais em Curitiba: 58.102 famílias estão na fila por uma casa própria – o que equivale a um 12,5% famílias de Curitiba, ou uma a cada oito.

O número, divulgado pela Companhia de Habitação Popular (Cohab), coincide com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a quantidade de imóveis vazios na cidade: são 58.327, somando os domicílios vagos e os de uso ocasional. "Muitos nem estão para alugar. Estão abandonados ou parados, para especulação”, afirma Fernando Marcelino, integrante do MTST.

Nenhuma das onze páginas do plano de governo do prefeito Rafael Greca (PMN) contém propostas para democratizar o o à moradia. A Prefeitura informou à reportagem que o assunto deve ser tratado com a Cohab. A nova diretoria da Cohab, nomeada por Greca, não atendeu às solicitações de entrevista até o fim desta edição.

Doze anos na fila

A zeladora Doroti Loos, de 65 anos, recebe dois salários mínimos – cerca de R$ 1.874,00 – por mês. Ela está aposentada por invalidez e vive na cadeira de rodas. “Faz doze anos que ela está na fila da Cohab, sempre renovando, e nada”, lamenta a filha, Elisabeth Cristina. “A gente quer se mudar para ela poder se tratar melhor, mas está difícil. Cohab não é doação. A gente precisa ter uma renda maior para ter mais chances”, completa.

O programa Minha Casa, Minha Vida poderia ser uma alternativa, mas ou a privilegiar os mais ricos após a posse do presidente interino Michel Temer (PMDB). É o que denuncia, em nota, a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam): “Antes, de cada 10 moradias que o governo apoiava, seis eram para quem ganhasse até R$ 1.800,00 e quatro para as demais faixas de renda. Agora, de cada 10 moradias, três serão para os mais pobres e sete para a classe média e os ricos”.

Ocupações urbanas

Cerca de 1,5 mil pessoas vivem hoje em áreas de ocupação, a maior parte delas localizada na região Sul de Curitiba: Tiradentes, Nova Primavera, Dona Cida e 29 de março. São moradores que articularam para sair do aluguel, usar os espaços vazios da cidade e lutar juntos pela regularização dos imóveis.

O MTST estima que, só em Curitiba, são 20 mil terrenos ociosos, de diferentes metragens. Segundo Fernando Marcelino, além de construírem casas maiores e melhores que os demais programas de habitação popular, os movimentos de ocupação enfrentam resistência porque escancaram as contradições da chamada “cidade modelo”, projetada para segregar as classes sociais e manter os trabalhadores distantes do Centro.

Déficit habitacional

Simone Oliveira, de 35 anos, mora com sete filhos em um apartamento de 44 m² construído pela Cohab em São José dos Pinhais. “A casa onde eu morava antes não estava no meu nome. Era cedida. Por isso, me tiraram de lá, demoliram a casa e enfiaram a gente nesse lugar apertado”, descreve.

A caçula tem seis anos; a mais velha, 17. Mãe solteira, Simone reclama que a metragem do imóvel é inadequada para a convivência da família. Essa é uma situação típica de adensamento excessivo, um dos fatores considerados no cálculo do chamado déficit habitacional – que também leva em conta domicílios com estrutura física precária e aqueles que abrigam famílias com dificuldade extrema de quitar o valor do aluguel.

Segundo dados de 2016 da Fundação João Pinheiro, a região metropolitana de Curitiba responde por um terço do déficit habitacional do Paraná, o que equivale a cerca de 84 mil domicílios. Na soma dos estados do Brasil, o número ultraa os seis milhões.

Editado por: Ednubia Ghisi
Tags: curitibahabitaçãomoradiamtstrafael greca
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