Drones, helicópteros e um batalhão de jornalistas estrangeiros. Esse é o cenário do lado colombiano da ponte internacional Las Tenditas, no Município de Ureña, na tarde deste sábado (23). Do lado venezuelano, generais da Força Armada Nacional Bolivariana apenas observam, na linha de frente e desarmados, em missão de paz. Um deles leva em mãos a Bíblia.
"Não quero armas aqui", brada um dos coroneis venezuelanos, quando um opositor do lado colombiano se aproxima. Era um porta-voz, supostamente enviado para diálogar com os militares. O cumprimento foi cordial. O porta-voz reiterou a intenção de entrar em território venezuelano com "ajuda humanitária" — o que é encarado pelos chavistas como um "cavalo de Troia" para abrir caminho para intervenção estadunidense e derubar o governo do presidente eleito Nicolás Maduro. "O general Bernal disse que se isso ocorrer haverá um derramamento de sangue. Somos irmãos. Não façam isso". O colombiano apenas ouviu e se afastou.
:: O que está acontecendo na Venezuela? ::
Horas antes, a Colômbia havia enviado um "explorador", vestido com um colete branco com a identificação da Organização dos Estados Americanos (OEA), para "reconhecer o terreno". O enviado se aproximou da grade de proteção que delimita fronteira entre os dois países. Uma jornalista do canal estatal venezuelano Telesur pergunta: "O que pretendem fazer">