Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Capitalismo

Artigo | A hidra financeira que ameaça o Brasil

Enquanto bancos têm lucros bilionários, famílias brasileiras seguem endividadas para pagar essas instituições

24.ago.2019 às 14h05
Juberlei Bacelo
|Sul 21
Os quatro maiores bancos do país registraram alta de 22% em seus lucros no primeiro trimestre de 2019

Os quatro maiores bancos do país registraram alta de 22% em seus lucros no primeiro trimestre de 2019 - Foto: Arquivo EBC

Durante a pior recessão da história do País, o lucro dos bancos não para de crescer. Após terem chegado a inacreditáveis R$ 98,5 bilhões em 2018, o primeiro trimestre de 2019 voltou a sorrir para os banqueiros. Apenas os quatro maiores bancos registraram uma alta de 22% no primeiro trimestre, chegando R$ 20 bilhões de lucro consolidado nos três primeiros meses do ano.

Como é possível que resultados tão espetaculares sejam obtidos em um momento em que 15 milhões de brasileiros estão desempregados e a economia não dá nenhuma mostra de reação?

Este é o paradoxo que terá de ser resolvido, se quisermos pensar no futuro da economia brasileira, seu povo e até sua democracia. Os bancos usualmente escondem suas tarifas atrás de cálculos mensais, omitindo o efeito de juros compostos.

A tarifa média praticada neste ano, para pessoas físicas, foi de 118%. Ou seja, um trabalhador que comprou uma geladeira a crédito pagará duas ao final de doze meses. Para se ter uma ideia, a mesma taxa, na França, é de 3,5% ao ano. Se tomarmos o crédito rotativo (cheque especial e cartão de crédito) esta taxa chega facilmente a 300%, um juro de agiota, sem dúvida nenhuma. Este não é um problema pequeno.

Neste momento, 64 milhões de famílias são devedoras e têm sua renda drenada do consumo para o pagamento a bancos. Não é de estranhar que a economia não ande.

Para as empresas, não é muito diferente. As taxas de juros anuais alcançam 52%. Basta perguntar qual investimento, hoje, rende acima deste percentual, para entender porque a taxa de investimento é a menor em décadas.

Por fim, também o governo tem seus recursos drenados para o sistema financeiro. Em 2018, foram nada menos de R$ 310 bilhões (10 vezes o Bolsa família) ou 6,5% do PIB. Somados com os 16% do PIB pagos pelas empresas e famílias, significa dizer que quase um quarto de tudo o que o País produz em produtos e serviços, no período de um ano, é esterilizado na renda do sistema financeiro.

Mas para onde vai este dinheiro? Parte relevante vai para aplicações em títulos do governo, investimento sem risco, que drena o dinheiro dos impostos, parte vai para a agiotagem descrita e uma parte relevantíssima é destinada aos chamados paraísos fiscais. Estudos internacionais recentes revelam que R$ 2 trilhões de origem brasileira estão em paraísos fiscais, cerca de 30% do nosso PIB, ou seja, não são investidos e nem tributados.

Mesmo na distribuição de lucro a máquina de desigualdade não para. Os clãs Setúbal, Villela e Moreira Sales, controladores do Itaú, receberam 9,1 bilhões de reais em dividendos. Sabe quanto pagaram de impostos sobre esta bolada? Nada. Nenhum centavo, pois o Brasil é um dos poucos países do mundo a não cobrar nenhum imposto sobre os lucros. Não é possível que um modelo em que o bancário paga mais imposto que o banqueiro funcione.

Ok, você pode achar que tudo isto é muito injusto, mas que não seria a função de um dirigente sindical bancário denunciar o lucro dos bancos, porque se o setor cresce, o bancário também ganha, certo? Errado. Quanto mais poder e dinheiro acumulam os banco pior fica a situação laboral dos bancários.

Os bancos têm reduzido, sistematicamente, o número de bancários, prejudicando o atendimento à população, aumentado o número de terceirizados (com salários menores e empregos vulneráveis), tornando inável a pressão por metas, que exigem a venda de produtos que os clientes não querem e não precisam. Tudo isto resulta em um trabalhador pior remunerado, fragilizado em suas garantias e adoecidos pelas condições opressivas de trabalho.

Se não queremos, como temos hoje, seis famílias com riqueza maior que a metade da população brasileira, uma estagnação da economia que dizima os empregos e salários e um estado que já não provê os serviços mais básicos, muita coisa deve ser feita, mas a primeira e mais importante é colocar o sistema financeiro a serviço da sociedade e não o contrário.

(*) Juberlei Bacelo é diretor da Fetrafi-RS

Editado por: Sul 21
Conteúdo originalmente publicado em Sul 21
Tags: bancoscapitalismoeconomiaendividamentolucro
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MESADA

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

ARTIGO 19

Mendonça: redes não podem ser responsabilizadas por postagens ilegais

Protesto

MST realiza atos em Marabá (PA) contra instalação da hidrovia Araguaia-Tocantins

Bolsonarismo

Falta de unidade pode enfraquecer extrema direita nas eleições de 2026, avalia professor

AMAZÔNIA

‘Aproveitam brechas da lei para roubar terras públicas’, diz secretário do Observatório do Clima sobre grileiros

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.