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Início Bem viver Cultura

MILITÂNCIA

Pré-lançamento da autobiografia de Raul Carrion lotou Salão Nobre da ARI

Livro conta a história de 56 anos de militância política e social

18.nov.2019 às 18h53
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
Porto Alegre (RS)
Walmaro Paz
Raul Carrion (sentado ao centro) ouvindo discurso do ex-governador Tarso Genro

Raul Carrion (sentado ao centro) ouvindo discurso do ex-governador Tarso Genro - Fotos: Wálmaro Paz

Cerca de 100 pessoas lotaram o Salão Nobre Hipólito da Costa, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), na quinta-feira (14), para o pré-lançamento do livro A Luta Vale a Pena, de Raul Carrion. O ato foi presidido pelo presidente da ARI, jornalista Luiz Adolfo Lino de Souza, acompanhado pelo presidente do Conselho Deliberativo da entidade, jornalista João Batista Filho, e teve a conotação de uma homenagem a Raul Carrion e pelos seus 56 anos de militância política (50 deles no PCdoB).

Estavam presentes o ex-governador Tarso Genro (PT); o ex-prefeito da capital, ex-deputado federal e ex-senador José Fogaça (PMDB); o presidente estadual do PCdoB Juliano Roso; a vice-presidente Abigail Pereira; os ex-deputados Selvino Heck (PT), Jussara Cony (PCdoB), Vicente Selistre (PSB); o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Miguel do Espirito Santo; o presidente da Sociedade de Economia, Mark Kuchick; o diretor do Instituto de Estudos Avançados Latino Americanos, (ILEA /UFRGS) José Vicente Tavares; dezenas de dirigentes partidários e sindicais; estudantes e professores das universidades gaúchas e familiares de Raul Carrion, com destaque para sua mulher Elvira.

O presidente da ARI fez a apresentação do homenageado ressaltando a sua coerência durante tantos anos na militância. Em seguida Raul falou sobre o livro e Batista Filho presidiu uma série de intervenções do público. O presidente do PCdoB, Juliano Roso, fez a primeira intervenção confessando-se emocionado com o exemplo de militância que é a vida do homenageado. O ex-governador Tarso Genro salientou a vida política de Carrion e contou um episódio emocionante sobre sua reação frente à tortura e aos torturadores quando esteve preso no DOPS em Porto Alegre. Sua irmã, Vera Carrion, lembrou do sofrimento dos familiares durante as prisões e o posterior exílio. A ex-deputada Jussara Cony, ressaltou a importância da companheira de Carrion, Elvira Ballester Lafertt, militante do Partido Comunista Chileno, que o conheceu no exílio e vive com ele a 47 anos. Segundo Jussara, a vida de Elvira mostra o papel da mulher na luta social e política e sua importância.

Uma militância exemplar

Raul Kroef Machado Carrion é Graduado em História pela UFRGS e Pós-Graduado pela FAPA e servidor concursado do Ministério Público Estadual-RS. Com mais de 50 anos de militância política, foi vereador em Porto Alegre e deputado estadual por dois mandatos, sempre pelo PCdoB. Durante os anos da ditadura, participou intensamente da luta contra o regime, tendo sido perseguido, preso e torturado. Esteve exilado no Chile e na Argentina. Atualmente, Carrion é o Presidente da Fundação Maurício Grabois no Rio Grande do Sul.

Influenciado pelo Movimento da Legalidade, em 1961, e pelas mobilizações pelas Reformas de Base que sacudiram o Brasil de Norte a Sul, iniciou sua militância política aos 17 anos, em 1963, ingressando na Ação Popular (AP) – organização revolucionária de origem cristã, que propunha uma “revolução socialista de libertação nacional”. Nela atuou com seus colegas do Colégio Anchieta, José Luiz Fiori, Paulo Renato de Souza (futuro Ministro da Educação), Roberto Motolla, e outros.

Quando ocorreu o golpe de 1964, Carrion havia acabado de ar no vestibular de Engenharia da UFRGS, obtendo o 13º lugar entre mais de 1500 candidatos. Tendo optado pelo curso de Engenharia Química, logo se destacou como liderança universitária no combate à ditadura. Na ocasião, as principais forças de esquerda na UFRGS eram o PCB – sob a liderança de Flávio Koutzi, Marco Aurélio Garcia, Marcos Faermann e Trajano Ribeiro –, o PCdoB e a AP.

Em 1968, devido aos laços estabelecidos com lideranças operárias da região calçadista do Vale dos Sinos, Carrion mudou-se para Novo Hamburgo – principal polo da indústria calçadista no Rio Grande do Sul –, com o objetivo de estender o trabalho da Ação Popular na região e ajudar na organização dos trabalhadores na luta contra a ditadura. Depois de alguns meses morando em Novo Hamburgo, Carrion realizou um curso de “cortador” na escola do Sindicato, e empregou-se em uma importante fábrica de calçados, utilizando uma documentação falsa em nome de “Antônio Ferreira da Costa”. ou nos testes, trabalhou durante uma semana, mas não conseguiu permanecer no emprego, por não possuir toda a documentação exigida. Conseguiu, então, emprego como operador de máquina em uma fábrica de componentes de calçados. Assim, “integrou-se na produção”, mas com uma visão diametralmente oposta à pregada pela Ação Popular.

Foi preso, torturado e já integrando o PCdoB, nos anos 70, depois de liberado exilou-se no Chile. La conheceu Elvira Ballester Lafertt que se tornou sua mulher. Através de Elvira e de sua família, Carrion conheceu os principais dirigentes do PC do Chile – como Luís Corvalán, Volodia Teitelboim, Mireya Baltra e tantos outros – o que muito contribuiu para o trabalho de solidariedade internacional para com o povo brasileiro. Conhecido como “Ruivo” (“Rúcio”, em castelhano), Carrion ou a participar ativamente da luta do povo chileno e das atividades dos exilados brasileiros e latino-americanos no Chile. De volta ao Brasil, depois da redemocratização, exerceu dois mandatos de vereador em Porto Alegre, e outros dois como deputado estadual. Marcou seus mandatos pela defesa dos trabalhadores, das mulheres, da juventude, das comunidades negras e indígenas e é reconhecido como grande conhecedor das questões que envolvem Reforma Urbana. Na Assembleia gaúcha, participou de diversas comissões e propôs várias audiências públicas. Encerrou seu mandato com mais de 40 proposições aprovadas.

Um livro que retrata a vida e o pensamento

Pré-lançamento foi realizado no Salão Nobre da ARI

Com 310 páginas, o livro Raul Carrion, A Luta Vale a Pena é uma autobiografia acompanhada de uma coletânea de textos históricos e teóricos de reflexão sobre as experiências vividas. A obra é uma coedição da editora Anita Garibaldi e da Fundação Maurício Grabois. Está a venda por R$30,00 e todos os exemplares levados para o lançamento esgotaram rapidamente. No próximo dia 23, durante a Conferencia Estadual do PCdoB, no Hotel Embaixador, na capital gaúcha, haverá um relançamento.

 

Editado por: Marcelo Ferreira
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