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Representatividade

Em 72 anos, SP elegeu apenas seis vereadoras negras; quatro delas em 2020

Elaine Mineiro e Luana Alves estão entre as eleitas: “A vitória é coletiva e os ganhos também serão”

20.nov.2020 às 10h14
São Paulo (SP)
Igor Carvalho

Desde a petista Claudete Alves, que encerrou seu mandato em 2008, a capital paulista não elegia uma vereadora negra - Foto: Arquivo Pessoal

Em sua 18º Legislatura, a Câmara Municipal de São Paulo terá mulheres negras ocupando quatro das 55 cadeiras do parlamento, a maior participação dessa parcela da população na história da política paulistana. Em todas sua história, os paulistanos elegeram apenas seis vereadoras pretas.

Desde a petista Claudete Alves, que encerrou seu mandato em 2008, a capital paulista não elegia uma vereadora negra. Antes dela, somente a professora Theodosina Rosário Ribeiro, que recebeu 26.846 votos, em 1968, quando se candidatou pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que fazia oposição aos militares.

O Brasil de Fato conversou com Elaine Mineiro (PSOL) e Luana Alves (PSOL), duas das quatro vereadoras negras eleitas neste ano, as outras são Erika Hilton (PSOL) e Sonaira Fernandes (Republicanos). Somadas, elas tiveram 127.898 votos.

"Nossa candidatura não tem padrinhos políticos. Do nosso coletivo, dois foram desligados do trabalho para fazer campanha”, aponta a educadora Elaine Mineiro, que coordena um dos núcleos de base da Uneafro, rede de cursinhos populares, e que encabeça uma chapa coletiva, o Quilombo Periférico, que recebeu 22.742 votos.

Leia também: Para vereadores negros em Porto Alegre, eleição foi um grito travado na garganta

Ao Brasil de Fato, ela fala das circunstâncias que levaram à sua eleição. “Eu não tenho o à internet de fibra ótica na minha casa, eu não tenho boas opções para esse serviço, só uma, que é bem ruim. Como você faz uma campanha que está sendo majoritariamente na internet, se não consegue o decente à internet">

Ainda de acordo com a vereadora eleita, a política está cada vez mais restrita a pessoas que já eram populares antes da eleição.

“Quando você faz um trabalho na periferia, você não é celebridade na internet e nem na esquerda. Enquanto a gente faz trabalho de base, tem muita gente na internet dizendo que precisa fazer trabalho de base", aponta.

Mineiro ressalta a importância da construção de uma candidatura que represente o movimento negro no contexto eleitoral. 

"Quando a gente coloca uma candidatura como uma candidatura do movimento e que estará a serviço do movimento, isso é complicado, porque também nos desgasta. Mas é importante que as pessoas saibam que uma pessoa, só por ser negra, não significa que ela represente os interesses do movimento negro, é uma construção que vem antes", reflete.

Leia também: Vereadora negra é ameaçada em SC: “A gente mata ela e entra o suplente, que é branco”

Eleita com 37.550 votos, Luana Alves também tem sua militância atrelada à luta pelo o à Educação Superior e destaca a importância do processo coletivo para a eleição deste ano.

"Essa eleição é especial não por méritos individuais, mas do coletivo das mulheres negras na rua, do movimento negro na rua, pedindo o voto em pessoas negras”, explica Alves.

A pessolista, que é coordenadora da Emancipa, uma rede de cursinhos populares, ressalta a importância da militância para garantir a  presença de mulheres negras no parlamento paulistano.

“Nenhum tipo de atividade e militância é tranquilo para uma mulher negra. Eu sempre fiz política e vou seguir fazendo é política. Eu milito e seguirei militando nos cursinhos populares e na saúde. O que acontece é que nunca foi fácil pra gente. Mas, por outro lado, o fato de ter sido militante ajuda muito, tem muitos anos que as pessoas me conhecem", destaca.

Leia também: A luta contra o racismo no Brasil é uma luta de refundação nacional

Essa conexão com os territórios onde atuam, fez com que as vereadoras tivessem que conciliar a campanha com um fenômeno mundial que tornou a eleição ainda mais difícil: a pandemia de covid-19.

“Estamos no meio da pandemia e ela vitimou muito mais pessoas na periferia. A nossa campanha foi interrompida, tivemos que parar tudo que estávamos fazendo para socorrer a comunidade. Se nós não fizermos o emergencial na periferia, não tem quem faça, e aí temos que ficar nessa rede de proteção.”

O parlamento

Durante a próxima legislatura, Elaine Mineiro e Luana Alves serão oposição a Fernando Holiday (Patriota) e Sonaira Fernandes. O primeiro, fundador do Movimento Brasil Livre (MBL) e apontado como uma das lideranças promissoras da direita paulistana. A segunda, ex-assessora do deputado federal Eduardo Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Com a composição atual da Câmara Municipal, o centro e a direita terão maioria. A esquerda cresceu no município, saltando de 11 para 14 vereadores, mas ainda é menor. Para Alves, a oposição ganhará força com a mobilização dos paulistanos nas ruas.

“A gente aposta muito exatamente nas forças dos movimentos sociais e das pessoas se mobilizando. A Câmara é comandada por interesses privados. Sabemos que, por mais que o PSOL ainda não seja maioria, vamos contar com a força dos movimentos populares”, explica Alves, que lembra do projeto de erradicação da fome por meio da "farinata" que o ex-prefeito João Dória (PSDB) tentou emplacar em São Paulo, em 2017, que foi batizado de “ração humana.”

Leia também: “Se o racismo não dá trégua, a luta também não”, diz ex-ministra da Igualdade Racial

“Quando o Dória tentou empurrar a ração humana, houve uma avaliação que ele ia ar o projeto, éramos minoria na Câmara. Houve uma exposição pública do tema e o governo teve que recuar, até mesmo os vereadores da base ficaram constrangidos de votar a favor daquele projeto”, lembra Alves.

Mineiro acredita que pode haver uma tentativa de polarização, mas alerta que o seu mandato não buscará esse confronto.

“O Holiday e as candidaturas de direita nunca pautaram nosso trabalho e eles não vão pautar nosso trabalho. É o contrário. O Holiday não faz nada na Câmara. Aí, na véspera da eleição, ele entra com um processo para barrar as cotas, só porque isso dá audiência com o público dele", ressalta.

Para valorizar a representatividade da candidatura, ela pretende elevar o nível do debate no legislativo paulistano.

"Nós não vamos fazer essa política do enfrentamento tosco, de uma discussão que não leva ninguém a lugar nenhum. É uma vitória muito grande, que uma candidatura totalmente de periferia seja eleita. Então, vamos elevar o nível e debater os projetos que temos para apresentar.”

Briga pela Prefeitura

Ambas, obviamente, esperam que Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, seja eleito, no pleito contra o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB). Os candidatos disputam o segundo turno do pleito eleitoral no dia 29 de novembro. O tucano lidera as pesquisas de intenção de votos.

“Temos a expectativa de eleger o Boulos. A possibilidade de continuar esse feudo do PSDB em São Paulo, torna óbvia a adesão à candidatura do Boulos e a defenderemos. Aliás, ele representa um movimento extremamente importante na cidade (MTST)”, aponta Mineiro. 

Para Luana Alves, é impossível dissociar a imagem do PSDB, de João Dória e Bruno Covas, de Jair Bolsonaro. Por isso, “Boulos é capaz de fazer uma eleição ao lado do povo e que combata as ideias bolsonaristas.”

Mineiro pondera que, enquanto representante do movimento negro, o horizonte é ter uma candidatura negra para disputar a prefeitura. 

"Como movimento negro, esse não é o melhor cenário para a cidade, queríamos outras opções, queríamos que pudéssemos votar em uma candidatura negra. Entendemos que há uma dificuldade da esquerda em produzir lideranças negras que disputem cargos majoritários".

 

Editado por: Leandro Melito
Tags: fernando holidaymulheres negraspsolrepublicanossão paulo
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