Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

GREVE GERAL

Colombianos realizam ato nacional para condenar intervenção militar em 8 estados

Depois de 37 dias de paralisação, presidente Iván Duque descumpre acordos e manifestantes voltam a ocupar as ruas

02.jun.2021 às 03h18
Bogotá (Colômbia)
Michele de Mello

Nesta quarta-feira (2), colombianos voltam a se manifestar em uma convocatória nacional contra o controle militar de 8 estados e 13 municípios - Colombia Informa

O Comitê Nacional de Paralisação da Colômbia convocou uma nova mobilização nacional nesta quarta-feira (2) para condenar o decreto de intervenção militar em oito estados do país e exigir o cumprimento dos pré-acordos estabelecidos com o governo. Já são 37 dias consecutivos de protestos e bloqueios de rua em várias regiões do país. Grevistas exigem garantias de direito à manifestação pacífica. 

Depois de provocarem o recuo nas reformas propostas por Duque e derrubarem dois ministros, os colombianos permaneceram em mobilização nacional exigindo o fim da militarização das cidades e do Esquadrão Móvil Antidistúrbios (Esmad). Criado em 1999, de maneira temporária, o grupo permanece até hoje como uma espécie de tropa de elite especializada em reprimir protestos. 

Na última sexta-feira (28), quando a greve geral completou um mês, o Comitê Nacional anunciou que havia chegado a um conjunto de garantias de livre manifestação com a istração de Iván Duque, que incluía o fim da violência contra as manifestações pacíficas. No entanto, de última hora, o chefe de Estado não assinou o documento e decretou estado de comoção interior em oito departamentos e 13 municípios do país, anulando a autoridade dos governadores e prefeitos e estabelecendo a tutela das forças militares. 

"Essa medida obedece fundamentalmente a uma renovação da pressão do ex-presidente Uribe sobre o governo de Iván Duque. E toma nesse novo ar, amparado na sua posição dentro das Forças Armadas, que é muito forte. É evidente que as Forças Armadas obedecem a Uribe", analisa Fábio Arias, dirigente da Central Única de Trabalhadores da Colômbia (CUT) e membro do Comitê Nacional de Paralisação.

Já foram realizadas ao menos oito reuniões entre representantes do comitê nacional de paralisação, composto por 29 organizações, e cerca de 50 representantes do governo colombiano. O grupo dos grevistas é heterogêneo, e parte chegou a defender o fim dos bloqueios de ruas para frear a escalada de violência. No entanto, antes mesmo de tomar uma decisão, Duque não cumpriu o que havia sido acordado. 

"Não existe vontade política para deste poder estabelecido, representado pelo atual governo, para oferecer garantias aos manifestantes", afirma o presidente da Coordenadora Nacional Agrária (CNA), Ernesto Roa.


Violência estrutural: Colômbia vive conflito armado há mais de 50 anos com forte presença de paramilitares / Colombia Informa

Segundo o último levantamento do Instituto de Desenvolvimento da Paz (Indepaz), a repressão aos protestos deixou 65 mortos, 47 vítimas de lesão ocular e 358 pessoas desaparecidas.

A missão internacional de solidariedade e direitos humanos também reuniu uma série de relatos que evidenciam práticas de violência sistemática contra os manifestantes.

Leia também: Ex-presidentes da América Latina publicam carta em solidariedade ao povo colombiano

"Foi um mês de massacres. Dispararam contra as pessoas, feriram as pessoas. Há uma quantidade de desaparecidos que o Estado não quer investigar. Houve torturas, aram por cima do poder civil em muitos estados e capitais. Há um atentado geral contra o Estado de direito que é importante que a comunidade internacional conheça", afirma Jorge Virviescas, do coletivo LGBTs pela Paz e  do Comitê Nacional de Paralisação.

"O armamento que eles possuem dá abertura para que cometam excessos. Então, é muito comum que nas intervenções do Esmad as pessoas terminem sem um olho, feridas. Ou ainda, quando são capturadas, vários agentes se unem para agredi-las", relata Julián López, defensor de direitos humanos e manifestante. 

Em 2020, durante a pandemia do novo coronavírus, o governo de Iván Duque gastou cerca de US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 15,5 milhões) com a compra de armamentos e munições para o Esmad.


Jovens organizam a contenção da violência nos atos com escudos improvisados e organizações de linha de frente / Colombia Informa

Origens do protesto 

A paralisação do dia 28 de abril, que deu início à greve geral, foi convocada pelo Comitê Nacional, mas é consenso que as mobilizações transcenderam essa instância.

"A greve superou as expectativas de todos. Nós já havíamos realizado uma grande paralisação no dia 21 de novembro de 2019 e pensávamos que poderíamos organizar um movimento da mesma magnitude. Mas, evidentemente, foi pelos menos seis vezes superior. E é certo que a juventude é a força de maior destaque, com muita determinação e atitude", analisa o dirigente sindical Fabio Arias.

:: Colômbia: por que os protestos continuam mesmo após recuo do governo Iván Duque :: 

Para o presidente da CNA, a revolta social é o resultado de anos de repressão e de reivindicações históricas não atendidas. "O que a Colômbia vive hoje é um marco para a história recente do nosso país", diz Roa.

O evento, que já é considerado a maior paralisação da história da Colômbia, é marcado pelo protagonismo de uma juventude que não se vê representada pelos partidos, sindicatos e outras estruturas organizativas existentes no país.

Além do desejo de mudança, das exigências de garantias do direito à saúde, educação e paz, os jovens expressam sua revolta pelas vítimas provocadas pela brutalidade policial – uma das facetas da violência estrutural do país. 

"Não aguentamos mais e já não temos medo. Estamos jogando tudo ou nada. Já sabemos que vão nos matar de uma ou outra maneira. Por isso, já perdemos o medo. Muitos estão dispostos a morrer e outros tantos já morreram", afirma Julián López. 

A rebeldia das ruas não se reflete necessariamente nas propostas do Comitê Nacional, que busca conciliação para impedir o avanço da violência.

"Temos que resolver esse conflito. Não podemos permanecer eternamente assim, mas também não vamos nos retirar sem que haja uma negociação. Se as pessoas se levantaram é porque historicamente não foram atendidas", defende Jorge Virviescas, quem também é representante da organização Marcha Patriótica. 

Com 42,5% da população em situação de pobreza, 3,6 milhões em pobreza extrema e 14% de desempregados, segundo o Departamento istrativo Nacional de Estadística (Dane), os colombianos dizem ter razões de sobra para protestar.

"É necessário desmontar definitivamente o paramilitarismo, que é uma política do Estado para exercer controle territorial e garantir o desenvolvimento de grandes projetos mineiro-energéticos e agroindustriais, que estão longe de resolver os problemas reais", conclui Ernesto Roa. 

Editado por: Daniel Giovanaz
Tags: colômbiaiván duque
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Rodovia e pedágios

‘Nova Raposo é um projeto incompatível com o século 21’, critica ambientalista

GENOCÍDIO

Israel mata 120 palestinos que buscavam ajuda e total de mortes em Gaza chega a 55 mil

EXTREMA DIREITA

Em visita a Israel, Javier Milei anuncia mudança da embaixada argentina no país de Tel Aviv para Jerusalém

TEATRO

Clássico do suspense, ‘Assassinato no Expresso do Oriente’ volta aos palcos do Recife

ATMOSFERA DE CRISE

EUA vivem nova ‘caça às bruxas’ com perseguição de imigrantes, diz internacionalista

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.