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ENTREVISTA

Carol Dartora: “Um choque na estrutura desta sociedade historicamente machista e racista”

Para vereadora Carol Dartora (PT), seu mandato desencadeia ações positivas na reorganização da sociedade

18.nov.2021 às 02h47
Curitiba (PR)
Pedro Carrano

Nossa luta é ancestral e os desafios ainda são os mesmos de sempre. Mas neste momento político e social que estamos vivendo no Brasil, temos uma pauta comum que é derrotar o bolsonarismo - Lian Voigt

Carol Dartora é a primeira vereadora negra da história de Curitiba. Em entrevista ao Brasil de Fato Paraná, ela aponta como, a exemplo do que aconteceu em várias cidades, em que pese as reações dos setores racistas, a presença de uma mulher negra em um espaço de poder desencadeia ações contra o racismo, gera o envolvimento de jovens negros e negras no mandato – em um efeito mobilizador como não se havia visto naquele espaço.

Brasil de Fato Paraná. Qual a avaliação e quais medidas o seu mandato tem tomado contra os ataques racistas, que aconteceram no período da sua posse e ainda ocorrem nas redes sociais?

Carol Dartora. Infelizmente, esses ataques que eu tenho recebido são estimulados pela irracionalidade que tomou conta do nosso país com a chegada do bolsonarismo ao poder. Assim como esses ataques, o bolsonarismo também é irracional. Temos feito a exposição dessas situações, pois isso é importante para denunciar para a sociedade que a gente não tolera mais essa violência que ameaça nossas vidas e nossos direitos. Outra coisa é o registro às autoridades para que cada caso seja investigado e os responsáveis punidos. Lamentavelmente ainda não tivemos êxito na identificação dessas pessoas, pois elas se escondem atrás de perfis falsos e outros recursos tecnológicos que, segundo as autoridades, dificultam a investigação. Mas acredito que é uma questão de tempo para que esses criminosos sejam localizados.

Seu mandato envolve jovens negros e negras, qual a relação disso com a mobilização e com a organização popular?

A partir do momento que as pessoas negras veem uma mulher negra, professora de História, dirigente sindical, terceira candidata mais votada da cidade, ocupando uma cadeira na Câmara, elas entendem que aquele lugar também é delas. Isso é muito simbólico e tem um poder incrível que nós não temos condições de mensurar, pois desencadeia inúmeras ações positivas na reorganização da sociedade, na direção do combate ao racismo e da promoção da igualdade racial. É um choque na estrutura desta sociedade historicamente machista e racista. Durante a campanha eleitoral a gente dizia assim: Curitiba nunca teve uma vereadora negra. Não reproduza essa história. Agora é nossa vez! Então é sobre isso. Agora é a vez da pauta dos jovens, dos negros e negras, da classe trabalhadora, das minorias políticas serem representadas na Câmara. Do ponto de vista da mobilização e da organização popular, isso nos aproxima da busca pela cidade que queremos, uma cidade que seja para todas e todos, não apenas para alguns. Mas não queremos que esse agora dure apenas quatro anos, mas que represente uma mudança permanente.

Seu mandato busca também cumprir um papel nas questões nacionais?

Na última eleição a bancada do Partido dos Trabalhadores teve um crescimento importante para cidade de Curitiba, especialmente para a população que não é atendida em suas necessidades por essa gestão higienista que governa a cidade. Com três vereadores (atua ao lado de Renato Freitas e Professora Josete, do PT), temos mais força para fazer os debates que precisam ser feitos, nos temas que peram diversas políticas em que a população negra é a mais afetada, como o problema da falta de moradias, da assistência às pessoas em situação de rua, a violência contra as mulheres e outros que não são prioridades para a atual prefeitura. Ao abordar esses temas é inevitável falar também do que acontece em Brasília, afinal nosso país a um desmonte de todas as políticas públicas que na última década, durante os governos Lula e Dilma, tiraram o nosso país do mapa da fome. Então é preciso denunciar essa necropolítica do Bolsonaro.

No mês da Consciência Negra, quais os desafios para o movimento negro?

Nossa luta é ancestral e os desafios ainda são os mesmos de sempre. Mas neste momento político e social que estamos vivendo no Brasil, temos uma pauta comum que é derrotar o bolsonarismo. Essa ideologia representa uma ameaça constante às nossas vidas, aos nossos direitos e às nossas conquistas dos últimos anos. Para além disso, precisamos continuar caminhando na luta pela efetivação de políticas públicas que promovam igualdade racial agora, como é o caso das cotas nos concursos públicos, projeto que o nosso mandato apresentou para Curitiba e tramita na Câmara Municipal. O que a gente quer não é nenhum favor, não é esmola. Queremos apenas justiça, ou seja, tudo aquilo que nos foi roubado.

Editado por: Fredi Vasconcelos
Tags: câmaraconsciêcia negracuritiba
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