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Início Opinião

ÁGUA E SANEAMENTO

Artigo | Compraram a Corsan com dinheiro nosso

A privatização da Corsan por R$ 4 bilhões saiu quase de graça para o Consórcio Aegea, que pegou empréstimo do BNDES

22.dez.2022 às 09h10
Porto Alegre
Arilson Wünsch

A um dia do leilão, medida cautelar suspende de venda da Corsan - Foto: Divulgação/Corsan

A venda da Corsan evidencia três realidades dolorosas para a cidadania e a soberania. Venda de patrimônio público muito abaixo do seu valor, a compra desse patrimônio por empresas privadas com dinheiro público tomado de um banco do povo (BNDES) e tratar a água como mercadoria, sendo um direito humano básico que deve ser garantido e preservado pelo poder público.

Entregar quase de graça um patrimônio construído ao longo de 50 anos com os recursos de todos os gaúchos por R$ 4 bilhões foi um escárnio. Um escárnio celebrado por uma série de discursos entreguistas, mentirosos, ufanistas e de compadrios.

Para arrematar a Corsan apareceu apenas uma empresa: a Aegea. Nosso sindicato registrou em cartório o nome da empresa vencedora, quatro dias antes do leilão por conhecer os bastidores de combinações para que fosse favorecida.

De um lado o preço pífio, de outro, a empresa privada que arrematou a Corsan tomou R$ 19 bilhões (sim BILHÕES) de empréstimo do BNDES nesta semana. O segundo maior da história do BNDES.

Os diretores da Aegea declaram após o leilão que investirão R$ 16 bilhões na empresa adquirida (só a arrecadação prevista para os próximos 20 anos da Corsan é de em torno de R$ 120 bilhões, números de outubro de 2022). Somado este valor, mais os R$ 4 bilhões da compra da Corsan, é praticamente o valor tomado emprestado do banco público federal.

Ou seja: de um lado o governo gaúcho rebaixou o valor da empresa. Do outro, o governo federal “emprestou” o dinheiro para a empresa privada “comprar” a estatal. Dinheiro público de todos os lados que irá para o bolso da iniciativa privada e quem vai pagar a conta e a população gaúcha e brasileira.

A gaúcha vai pagar mais, claro. Porque a tarifa vai aumentar e o serviço vai piorar. Já temos os traumáticos exemplos da CEEE-D, vendida a troco de banana, com péssimos serviços e faltas de luz.

Os jornalistas presentes na coletiva após a venda da estatal gaúcha insistiram na pergunta da alta das tarifas após a venda. E apenas se confirma o que já sabemos. “A revisão tarifária deve incorporar os investimentos da empresa”, declarou Roberto Barbutti, atual presidente da Corsan, contratado pelo governador Eduardo Leite para liquidar a estatal.

O presidente do BNDES, Gustavo Montesano,  presente no leilão na Bolsa de Valores em São Paulo, agradeceu o ministro Paulo Guedes e ao presidente Jair Bolsonaro pelo feito de mais uma entrega de patrimônio público a empresas privadas por valores de compadre.

De todos os lados, tudo o que vemos é o óbvio: a busca pelo lucro máximo privado disfarçado de “universalização do saneamento”, balela pra boi dormir. Desde quando o mercado tem interesse em levar bons serviços à população mais necessitada por preços justos ou mesmo com tarifas sociais?

O que vivemos neste dia 20 de dezembro foi um escárnio na véspera de terminar o ano e de mudar um governo federal que pode, a partir de janeiro, limitar a entrega do patrimônio público por bagatela, num serviço que é direito humano essencial. E mudar os rumos de um banco fundamental para estimular o país e não servir para emprestar nosso dinheiro para arrebentar a cidadania.

Como entidade sindical preocupada com o bem estar dos servidores da Corsan, mas centralmente dedicada a garantir água de qualidade e serviços de captação e tratamento de esgoto, estamos empenhados em anular o leilão.

Nossas ofensivas judiciais têm dado resultados e irão avançar. Está garantido que o contrato de venda não pode ser assinado entre governo do estado e a Aegea até o julgamento de mérito de várias ações que estão em diferentes instâncias judiciais.

Há muito água a correr por debaixo da ponte. E seguimos lutando para que esta água seja pública e de qualidade.

* Arilson Wünsch é presidente do Sindiágua.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Marcelo Ferreira
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