Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

disputa política

Ata de reunião expõe divergência no Copom entre diretores indicados por Bolsonaro e Lula

Ainda maioria no BC, indicados pelo ex-presidente direitista seguram Selic em alta por ideolologia, avaliam economistas

14.maio.2024 às 15h30
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski
Até o final do ano, Selic pode baixar mais

Até o final do ano, Selic pode baixar mais - Agência Brasil

O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (14) a ata da última reunião do seu Comitê de Política Monetária (Copom) e evidenciou divergência no órgão sobre a definição da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic. 

Na última quarta-feira (8), o Copom decidiu reduzir a taxa de 10,75% ao ano para 10,5% ao ano. O corte de 0,25 ponto foi menor do que o de 0,5 ponto que havia sido sinalizado pelo Copom após sua reunião anterior, em março.   

O corte menor acabou definido numa votação apertada. Cinco diretores do BC, incluindo o presidente Roberto Campo Neto – todos eles remanescentes da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) –, votaram pela queda de 0,25%. Outros quatro – todos eles nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – votaram por uma redução de 0,5. 

:: Copom cede a pressão de Campos Neto, reduz ritmo de queda da Selic e define taxa de juros em 10,5% ::

Segundo a ata da reunião, os indicados por Lula defenderam um corte maior para manter a credibilidade do Copom. Eles argumentaram que o órgão já tinha sinalizado uma redução de 0,5 ponto na Selic. Cumprir com isso ajudaria o comitê a manter sua reputação ante os agentes da economia.

"Para tais membros, julgou-se apropriado, tal como em reuniões anteriores, seguir o guidance [sinalização, em inglês]", descreve a ata.

Já para os indicados por Bolsonaro, mais importante que seguir a tal sinalização, seria garantir o cumprimento da meta de inflação fixada para 2024 e para o futuro. Eles argumentaram que o cenário da inflação internacional está mais adverso e que as projeções para a inflação no país estariam em alta. Por isso, seria mais adequado reduzir menos a Selic com o objetivo de contrair a atividade econômica e segurar preços.

"Tais membros consideraram que uma redução de 0,25 ponto percentual era mais apropriada para o atingimento da inflação na meta no horizonte relevante", diz o documento.

Ele ainda aponta preocupações do Copom com o cumprimento de metas fiscais pelo governo. O órgão lembrou que o Executivo alterou suas metas para as contas públicas em abril. Reforçou que uma política fiscal comprometida com a sustentabilidade da dívida pública ajuda a manter as expectativas sobre a economia e a inflação sob controle.

:: Copom decide juros sob pressão de Campos Neto contra aumento de salários e emprego ::

O que é Selic?

A taxa Selic é referência para a economia nacional. Ela é o principal instrumento disponível para o BC controlar a inflação no país.

Quando ela sobe, empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros. Isso desincentiva compras e investimentos, o que contém a inflação. Em compensação, o crescimento econômico tende a ser prejudicado.

Já quando a Selic cai, os juros cobrados de consumidores e empresas ficam menores. Há mais gente comprando e investindo. A economia cresce, criando empregos e favorecendo aumentos de salários. Os preços, por sua vez, tendem a aumentar por conta da demanda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende, desde de que assumiu o governo, a redução da taxa. Quando ele assumiu a Presidência, a taxa estava em 13,75% ao ano. Já caiu mais de 3 pontos percentuais. Ainda assim é considerada alta por Lula e pelo próprio Banco Central, que a chama de "contracionista" – para contrair a economia.

Lula argumenta que o Brasil precisa crescer mais e gerar mais empregos. Reforça que seu governo tem compromisso com o controle da inflação e dos gastos públicos.

Economistas ligados a bancos, por exemplo, estimam hoje que a inflação feche o ano em 3,76%. No começo de 2024, eles estimavam que ela fecharia em 3,90%.

Essa estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, até 4,5%.

Ideologia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (14) que vê a divergência entre os membros do Copom como uma questão técnica. Para ele, a ata do Comitê demonstra isso. "[A ata] foi muito técnica. Temos duas posições técnicas respeitáveis [sobre o patamar da Selic]", ressaltou.

Economistas ouvidos pelo Brasil de Fato, no entanto, discordam. Para eles, considerando o comportamento da inflação neste ano e as expectativas para ela, não haveria motivo para o Copom reduzir o ritmo de queda da Selic, como de fato fez.

Esses mesmo economistas indicam que a mudança no ritmo dos cortes não tem só a ver com preocupações sobre a inflação. Tem mais a ver, na verdade, com uma divergência ideológica e sobre visão de mundo econômico entre os membros do BC.

Para eles, indicados por Bolsonaro tendem a dar demasiada importância às contas públicas, redução da dívida e outros pontos da política fiscal. Qualquer mudança nisso, para eles, poderia levar à inflação, e isso justificaria manter a Selic num patamar mais alto.

Já os indicados por Lula defendem a Selic num patamar em que esteja equilibrado o controle de preços e o crescimento econômico. Hoje, contudo, eles são minoria no Copom. Com isso, a visão bolsonarista tem prevalecido.

"A diferença entre os diretores indicados pelo Bolsonaro e pelo governo Lula é que eles  têm visões diferentes de mundo", reforçou Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Foram indicados pelo governo Bolsonaro, sobre a influência do Paulo Guedes [ex-ministro da Economia], economistas com essa perspectiva do mercado financeiro."

:: Além do déficit zero: é possível sanear as contas públicas ::

Weslley Cantelmo, economista e presidente do Instituto Economias e Planejamento, ratificou que a divisão do Copom é política. Para ele, ela prejudica o país, que poderia conviver com juros mais baixos caso não o comitê não tivesse membros indicados por Bolsonaro em sua composição.

"Para o governo, a diferença de 0.25 ponto nos juros corresponde a cerca de R$ 12 bilhões a mais que serão pagos de juros da dívida", disse ele. "Se a preocupação [dos diretores indicados por Bolsonaro] é com a meta fiscal, isso é um contrassenso", completou.

Editado por: Rodrigo Chagas
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

CINEMA

Santa Cruz valoriza memória e mantém olhos no mercado com festival

POLÍTICA EXTERNA

Lula quer mais conectividade aérea, marítima e terrestre entre Brasil e Caribe

USO INDEVIDO

Deputados acusam Eduardo Leite de autopromoção com dinheiro público

CONSTRUÇÃO COLETIVA

4ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora reúne mais de 600 pessoas em Porto Alegre

Greve na educação DF

Greve dos professores no DF evidencia descumprimento do Plano de Educação, revela debate na Câmara distrital

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.