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Luto

Morre o escritor Márcio Souza, autor de vasta obra sobre cultura e política amazônica

Márcio Souza foi escritor, ensaísta, dramaturgo, historiador, cineasta e gestor

13.ago.2024 às 11h33
Elaíze Farias
|Amazônia Real

Escritor faleceu nesta segunda-feira (12). Souza se notabilizou por obras de ficção, ensaios e dramaturgia - Alberto César Araújo/Acervo Amazônia Real

Manaus (AM) – Autor de uma vasta obra literária sobre a cultura, história, economia e política da Amazônia, o escritor Márcio Souza morreu na madrugada de segunda-feira (12), aos 76 anos. Márcio foi um dos primeiros intelectuais da região Norte a repercutir nacionalmente com sua obra. Ele sempre se negou a ser descrito como “autor regional”. Para o escritor, a literatura feita no Norte era tão nacional quanto as obras produzidas em outras regiões, especialmente às do Sudeste.

Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), Márcio Souza foi escritor, ensaísta, dramaturgo, historiador, cineasta e gestor. Uma de suas obras mais conhecidas é Galvez, o imperador do Acre, que tornou-se um best-sellers, traduzida para mais de 17 idiomas. Outras obras proeminentes são A Resistível Ascenção do Boto Tucuxi e Mad Maria, que retratou como ocorreu a construção da estrada Madeira-Mamoré, em Rondônia, e que foi adaptada para uma minissérie da TV Globo.

Márcio era reconhecido por sua ironia e profunda erudição intelectual livre da linguagem academicista. Uma de obras de mais impacto é a tetratologia Crônicas do Grão-Pará e Rio Negro, composta pelos romances Lealdade, Desordem, Revolta e Derrota [que ele não chegou a finalizar], em que faz um mergulho na história da Amazônia.

Como gestor, foi diretor da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e ocupava a cadeira de número 25 na Academia Amazonense de Letras. Foi no teatro, contudo, que Márcio Souza mais se notabilizou. Ele é autor de clássicos como Dessana, Dessana, Folias do Látex e A Maravilhosa Estória do Sapo Tarô-Bequê.

O diretor e ator de teatro Nonato Tavares adaptou algumas peças de Márcio para o teatro, como O Sapo, como ficou conhecida. Ele também fez cenografia para A Paixão de Ajuricaba e atuou como iluminador de Folias do Látex.

“Márcio foi reconhecido no mundo todo. É uma referência nossa, da América Latina. Na minha história pessoal também. Eu comecei fazendo teatro no Tesc, em 74, trabalhando com ele. Na época, ele vinha da área do cinema e embarcou no teatro. É uma grande perda para nós, filhos de Ajuricaba, povo da Amazônia”, diz Tavares.

O antropólogo Ademir Ramos destacou Márcio Souza como uma “âncora para a literatura amazonense, para a leitura crítica da Amazônia e para a história”. “Márcio vem com uma linguagem franca, crítica, demarca território. Ele é catalizador da nossa cultura popular, a cultura indígena, a política. Ele fez isso com A Resístível Ascenção do Boto Tucuxi, com a releitura da história e do aspecto ficcional em Galvez, o imperador do Acre. A crítica que ele faz para a Zona Franca de Manaus e a expansão do capitalismo com o livro Expressão Amazonense. O Márcio é tudo isso e muito mais”, disse.

Ademir lembrou que Márcio tomou para si a questão indígena, quando ainda pouco se abordava essa pauta na literatura amazônica. Foi um dos primeiros a atuar no movimento indigenista. “Ele ajudou organização do movimento indígena através do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), do jornal Porantim. O Márcio é uma representação local, nacional e internacional. Deixa uma lacuna imprensa pra nós”, afirmou.

Marcos Frederico Kruger, poeta, professor de literatura da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e estudioso das obras de Márcio Souza, descreveu o escritor como “o grande narrador da Amazônia” e referência do teatro indígena.

“Além de ser um grande nome da literatura, ele também foi um historiador e foi um expert em cinema e teatro. É uma grande perda para o Brasil”

O velório de Márcio Souza começa às 17horas no Centro Cultural Palácio Rio Negro desta segunda-feira (12). O enterro será nesta terça, às 15h, no Cemitério São João Batista.

 

Conteúdo originalmente publicado em Amazônia Real
Tags: amazonasamazôniaarte
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