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Entrevista

Grito dos Excluídos celebrou 30ª edição denunciando as mais diversas formas de injustiça e negação de direitos

Padre Vileci conversou com o Brasil de Fato sobre a importância da realização do Grito dos Excluídos

17.set.2024 às 17h33
Fortaleza (CE)
Francisco Barbosa

O Grito dos Excluídos surgiu a partir da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - Foto: Elineudo Meira/ Fotos Públicas

Este ano o Grito dos Excluídos chega a sua 30ª edição com o lema “Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?”. Realizado no dia 07 de Setembro, várias cidades do Brasil, inclusive do Ceará, levam às ruas o grito por direito à vida, por democracia entre outras pautas e o Brasil de Fato conversou com Padre Vileci, coordenador das pastorais sociais da Diocese de Crato, pároco da paróquia Nossa Senhora das Dores de Jamacaru, em Missão Velha, e assessor da Ampliada Nacional das Comunidades Eclesiais de Base sobre a importância do Grito dos Excluídos. Confira.

Qual o sentimento de estar chegando ao 30º Grito dos Excluídos?

Olha, desde 1994, por ocasião da Assembleia que aconteceu sobre a questão das lutas sociais, essa questão dos movimentos, onde foi definido o Grito dos Excluídos no Brasil, na Segunda Semana Social Brasileira, e desde esse tempo que nós celebramos esse dia do Grito dos Excluídos e das Excluídas como uma forma verdadeira cidadã de celebrar o Dia da Pátria, denunciando as mais diversas formas de injustiça e negação de direitos e, também, celebrando as lutas e conquistas do nosso povo, mobilizando e reunindo igrejas, movimentos populares, grupos e pessoas na defesa dos direitos humanos e da justiça socioambiental. Então é um sentimento de liberdade, uma liberdade no sentido de que a gente não está mais celebrando o 07 de Setembro marcado pela obediência, pela submissão, um patriotismo militarista, mas de uma forma mais autêntica, crítica, onde a voz dos excluídos é manifestada para a sociedade.

E qual é o objetivo e a importância da realização do Grito dos Excluídos?

O objetivo mesmo do Grito é a defesa da vida. Esse era o tema da Segunda Semana Social Brasileira, em 1994, e lá, refletindo sobre a Campanha da Fraternidade, que era “Fraternidade e os excluídos”, foi definido uma pauta para que todos os anos houvesse a celebração desse Grito com o tema: “Vida em primeiro lugar”. Então a defesa da vida é o objetivo e esse objetivo ele é vivenciado de uma forma de denúncia às negações de direitos e a animação e fortalecimento de comunidades e grupos dos excluídos na luta por seus direitos. Então, esse é o objetivo “Vida em primeiro lugar”, e fortalecimento das comunidades, dos grupos, dos movimentos, na busca dos direitos humanos.


A primeira edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas foi em 1995 / Divulgação

Este ano, a ação tem como lema “Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?”. Fala um pouco sobre a escolha desse lema. 

O tema em geral do Grito dos Excluídos é sempre o mesmo: “Vida em primeiro lugar”, sempre vai aparecer essa temática, o que muda é o lema. O lema chama a atenção deste ano para um aspecto dessa causa primeira e maior que é a vida. Então, a Campanha da Fraternidade deste ano é “Fraternidade e Amizade Social”. Em 2024 nós estamos celebrando a 30ª edição do Grito com esse lema “Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?”, é uma chamada de atenção para a banalização da vida que produz o que o texto base da Campanha da Fraternidade deste ano chama a atenção, o que é chamado “Síndrome de Caim”. Quando o Senhor pergunta a Caim: “onde está o teu irmão?”, e ele responder: “E por acaso eu sou responsável pelo meu irmão?”, então ele realmente ignora o irmão, essa é a “Síndrome de Caim”, é o que está em discussão e o que o Papa Francisco tem chamado de “cultura do descartável”, ou “cultura do descarte”, ou “cultura da indiferença”, quer dizer, o meu irmão não importa, é a indiferença nesse sentido, ao mesmo tempo é uma crítica levantada à sociedade pelo descaso que tem a sociedade com o ser humano.

Então é muito pertinente hoje a questão desse descaso da sociedade, por exemplo, a cultura do ódio que vai sendo gerada na sociedade cada vez mais matando a amizade social que existe, quando na verdade é a amizade social que constrói um mundo novo, é a amizade social que constrói uma sociedade nova, um outro mundo possível. O tema é relevante e chama a atenção para essas questões.

O Grito dos Excluídos é uma ação religiosa? Qual a ligação da ação com a igreja católica?

O Grito dos Excluídos e das Excluídas é um projeto vinculado à dimensão sociotransformadora da CNBB. Então, essa dimensão sociotransformadora da CNBB é a dimensão onde está presente as pastorais sociais, nas pastorais sociais defesa da vida, pastorais sociais do idoso, pastoral do menor, da mulher marginalizada, do povo de rua, da criança, pastoral do negro e tantas outras pastorais, e essas pastorais, essa dimensão sociotransformadora é constituída em parceria com vários movimentos e organizações populares. 

Então é um evento que nasce dentro da igreja, ligado à CNBB, na sua dimensão sociotransformadora e que tem parceria com os movimentos populares e com outras igrejas também, porque esse Grito tem uma dimensão ecumênica, ele não é de natureza puramente marcado pela religiosidade ligada à igreja católica, mas ele é ecumênico, então todas as organizações da sociedade, movimentos populares, igrejas que não são católicas trabalham esse Grito em comum.

O Grito também é um processo que vai se construindo, não é um evento que acontece apenas no 07 de Setembro, mas ele é um processo que se constroe desde junho, que já teve reuniões, encontros e preparação do Grito, levantamento das temáticas, qual é o Grito que nós vamos levar às ruas, nesse sentido, em cada região, e assim vai se firmando essa organização do Grito, com uma referência religiosa da igreja católica, mas também com a participação e a parceria de todos os outros movimentos populares e outras igrejas também.

 

O Grito dos Excluídos é uma ação que todos os cristãos entendem a sua importância, ou ainda tem aqueles que olham com preconceito? Ou até mesmo pessoas de outros segmentos sociais ou de outras religiões olham para o Grito com preconceito?

Olha, nós vivemos em uma sociedade onde a questão do conservadorismo vai apontando um esquema de preconceito diante dos movimentos, diante das lutas, diante das pessoas, principalmente, quando se refere aos excluídos. Nós vivemos em uma sociedade elitista, e essa sociedade elitista ignora as pessoas que estão à margem dessa sociedade. Então é verdade que a maioria das pessoas que participam do Grito não participam diretamente dessas lutas e organizações, mas é verdade também que o Grito, além de dar visibilidade aos problemas e às lutas, sensibiliza pessoas e a sociedade para essas situações.

Então, a questão do preconceito existe, existe pessoas que ignoram isso, até mesmo dentro da igreja. Não é fácil construir esse Grito, porque nem todas as manifestações religiosas, sobretudo no ambiente católico, são favoráveis ao Grito. O Grito é uma resistência para fazer acontecer, no sentido de garantir essa pauta a cada ano, de ir à rua, de levar, organizar os grupos da sociedade que estão em defesa da vida, mas existe um grande preconceito porque nós vivemos nessa sociedade conservadora, direitista, que às vezes olha isso com um olhar de uma rejeição que muitas vezes traz dificuldade para construir e processar esse Grito.

Quais são as pautas gerais do Grito dos Excluídos e qual é o projeto de sociedade que vem sendo pregado nesses 30 anos da sua realização?

A ideia nasceu no final, como eu já disse, da Segunda Semana Social Brasileira, quando se discutia, naquele momento, “Brasil: alternativos e protagonistas”. Então a proposta é, vamos dizer assim, falar desse progresso do Brasil, mas de uma forma alternativa e também fazer com que aqueles que são rejeitados na própria sociedade, pelas políticas públicas, que eles sejam também protagonistas na construção de um outro país, um Brasil diferente.

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Editado por: Camila Garcia
Tags: entrevistagrito dos excluídos
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