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Início Economia

Efeito exportação

‘Festa do agro’: entenda como guerra comercial de Trump com a China pode aumentar preço dos alimentos no Brasil

China criou barreiras para EUA, o que tende a aumentar exportação do Brasil para o Oriente e elevar preços locais

27.mar.2025 às 11h58
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski
China ressalta parceria com Brasil para superar guerra comercial promovida pelos EUA

Trump assinou ampliação de tarifas para comércio com EUA em fevereiro - Andrew Caballero Reynolds/AFP

A decisão do presidente Donald Trump de elevar as tarifas dos EUA para a importação de produtos vindos da China pode acabar aumentando o preço dos alimentos no Brasil. Em resposta a Trump, o governo chinês já elevou as tarifas de produtos agropecuários estadunidenses. Isso tende a aumentar a procura de chineses por carnes, frango, soja e milho produzidos no Brasil, empurrando para cima o preço da comida vendida no país.

Trump anunciou o aumento de tarifas para importação de produtos chineses logo que assumiu a presidência dos EUA, em janeiro. A tarifação extra entrou em vigor no início deste mês, elevando o custo de produtos chineses no mercado estadunidense para, segundo a tese de Trump, estimular a economia local.

A China respondeu. Desde o último dia 10, a importação de carne de frango, trigo, milho e algodão dos EUA aram ser taxadas em 15% no país asiático. Já a entrada de soja, sorgo e carne bovina vinda dos EUA terá de pagar uma tarifa extra de 10%.

Com essa taxação, a competitividade das commodities agropecuárias dos EUA na China diminui, o que abre espaço para o agronegócio brasileiro, que já concorre com os estadunidenses para suprir a demanda chinesa.

Economistas já estimam que as exportações agropecuárias do Brasil para a China aumente com a guerra comercial aberta por Trump. Com isso, o agronegócio brasileiro pode cobrar mais pelo que ele vende para fora do país. Acontece que esse aumento também tende a elevar o preço da comida no Brasil.

“O agronegócio fará a festa, exportará mais para a China. Mas a tendência é aumentar os preços aqui”, resumiu Giorgio Schutte, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e coordenador do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (OPEB).

Efeito exportação

José Giacomo Baccarin, professor de economia e política agrícola da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e diretor do Instituto Fome Zero (IFZ), tem se dedicado a estudar a dinâmica de preços da comida no Brasil há anos. Para ele, a inflação dos alimentos está cada vez mais ligada às exportações agropecuárias porque o agronegócio está cada vez mais voltado às exportações.

Isso se intensificou a partir dos anos 2000, segundo Baccarin. O setor agropecuário brasileiro se especializou em atender demandas externas por commoditites. Ao mesmo tempo, os alimentos aram a ser cada vez mais relevante na inflação nacional.

De 2015 a 2024, a inflação da comida foi maior que a inflação média no país em sete anos. Já de 1994 a 2005, isso só ocorreu em três anos.

Considerando essa relação entre exportações e alta da comida, ele também acha que o “tarifaço” de Trump tende aumentar o preços no Brasil. “Para o negócio pecuário brasileiro, as barreiras impostas pela China, como retaliação aos produtos dos EUA, tendem a reforçar os preços recebidos nas nossas exportações. Em consequência os preços internos podem aumentar”, disse.

Baccarin disse que a queda do dólar pode compensar o crescimento da demanda chinesa por produtos agropecuários brasileiros e conter a inflação. A tensão entre EUA e China, entretanto, pode vir a ter impacto sobre a cotação do dólar no Brasil.

No final do ano ado, após a eleição de Trump, o dólar chegou a valer mais de R$ 6,25. Isso tornou as exportações mais lucrativas para o agronegócio. O preço de alguns produtos subiu no país como consequência disso.

As carnes, por exemplo, subiram 20,8% durante 2024. Isso aconteceu enquanto os frigoríficos aumentaram em cerca de 30% suas vendas para o exterior.

O aumento da carne pesou sobre a inflação de alimentos no Brasil. No ano ado, a comida subiu 7,69%, empurrando para cima o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que chegou a 4,83%.

Como evitar?

Baccarin já disse não ser contra a exportação, mas alertou que é preciso considerar limites para que elas não tragam problemas para a economia nacional e a população. “Precisamos ter alguma capacidade de arbitrar publicamente entre o abastecimento do mercado interno e a exportação.”

Schutte acrescenta que, para que o debate público sobre eventuais medidas seja feito, é preciso explicitar as consequências do ganho do agronegócio. “Não se pode dizer que o aumento das exportações é bom. Bom para quem?”, questionou.

Diante do aumento dos alimentos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reduziu impostos para a importação de comida. Eventuais barreiras já foram descartadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que disse que elas poderiam ser vistas como uma “intervenção” no mercado.

O governo também espera que a safra recorde de grão projetada para este no ano Brasil ajuda reduzir o preço dos alimentos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima o Brasil colha 328,3 milhões de toneladas de grão entre 2024 e 2025, 10,3% a mais do que na safra anterior.

Baccarin explicou que soja e milho, as duas principais culturas nacionais, são usados como ingredientes de vários produtos alimentícios. Servem também como base de ração animal, o que pode derrubar preços de frango, suínos e do ovo. Contudo, para que isso aconteça, esses grão precisam ficar no mercado nacional e não terem seus preços afetados pela demanda externa.

Walter Belik, professor aposentado de economia agrícola do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e cofundador do IFZ, argumenta que o “tarifaço” pode atrapalhar esse cenário.

“Com tarifas impostas a produtos americanos, os EUA deixam de exportar para eles. O Brasil tende a entrar nesses mercados. O principal caso deve ser a China, mas também alguns países latinos”, previu ele.

Editado por: Leandro Melito
Tags: chinadonald trumpinflação
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