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ABRIL INDÍGENA

Maior aldeia indígena do estado do Rio de Janeiro tem novo projeto para regeneração da Mata Altântica

A Aldeia Guarani Mbyá de Sapukai realiza tradicionalmente ações para garantir a soberania alimentar e justiça climática

28.abr.2025 às 10h45
Atualizado em 29.abr.2025 às 08h53
Paraty (RJ)
Yamini Benites
Maior aldeia indígena do estado do Rio de Janeiro tem novo projeto para regeneração da Mata Altântica

A Terra Indígena do Bracuí é a maior entre as três únicas TIs homologadas no RJ - Fernanda Garcia/DPRJ

A Aldeia Guarani Mbyá de Sapukai, da Terra Indígena de Bracuí, realiza novo projeto de reflorestamento. A aldeia fica no município de Angra dos Reis, na Costa Verde, e promove tradicionalmente mutirões de agroecologia e restauração da Mata Atlântica. 

A Tekoa Sapukai, como é chamada pelos seus moradores em Tupi, é considerada a maior e mais populosa aldeia do estado do Rio de Janeiro, e teve sua demarcação oficializada em 1995. Segundo dados do IBGE de 2022, o território teria 2200 hectares de extensão abrigando 339 moradores. O cacique Algemir da Silva, ou Karaí Mirim, como é chamado em Tupi, afirmou ao Brasil de Fato que hoje em dia já vivem 600 pessoas de diferentes faixas de idade.

A região montanhosa e de mata densa é desafiadora para a agricultura de subsistência, mas os guaranis encontram abundância nos recursos naturais da região. “Alguns moradores plantaram palmitos, e hoje animais e aves se aproximam muito da aldeia, a gente gosta disso. A gente quer plantar mais árvores frutíferas. Aqui em Angra tem pouca árvore que dá fruta na mata. A maioria, não deixam”, explica o cacique.

O projeto “Restaurando a Mata Atlântica pela ancestralidade – Justiça Climática a partir do chão da aldeia” é fruto da colaboração firmada entre a Aldeia Sapukai e a organização socioambiental Movimento Baía Viva, que juntos já realizaram projetos anteriores. A proposta foi selecionada no edital “Mata Atlântica Viva”, do Fundo Casa Socioambiental, parceira de ações anteriores no território.

Sérgio Ricardo Potiguara, diretor do Movimento Baía Viva, enfatiza a importância da construção de projetos por meio do processo de diálogo intercultural e escuta ativa com a comunidade tradicional guarani, para poder contribuir para reverter situações preocupantes que atingem a aldeia desde a década de 90. “A Aldeia Guarani Mbyá de Sapukai, infelizmente vivencia um quadro de grave insegurança alimentar, com relatos de desnutrição infantil e subnutrição, em função da ausência de políticas públicas de apoio à agricultura dos povos indígenas”, aponta.



O bioma é um dos mais biodiversos do mundo e o mais ameaçado no Brasil, segundo relatório da fundação SOS Mata Atlântica de 2024. Nesse contexto, as Terras Indígenas (TI) são apontadas como essenciais para a conservação das florestas. Estudo do Instituto Socioambiental divulgado em março de 2025 aponta que mais de 90% do desmatamento nas TIs da Mata Atlântica ocorreu até 2000. A demarcação de mais de um quarto dos territórios se deu na década de 90. Após esse período, 50% das áreas mostraram regeneração da vegetação. O estudo conclui que a posse efetiva através da demarcação das TIs é fator determinante para a garantia da sua integridade socioambiental.

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Demarcação da terra

Segundo documentos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), desde a década de 80 a Terra Indígena do Bracuí é reivindicada pelos Guarani que vieram em migração da região sul do país. Apesar disso, o processo pela demarcação iniciou apenas em 91, em meio a disputas com moradores e fazendeiros da região que reclamavam as terras como suas.

Karaí conta que foi um processo conturbado: “Quase no final, o pessoal ia pro mato pra fazer a parte de autodemarcação, e tinha espião de fazendeiro com arma”. Após negociação mediada pela prefeitura de Angra e pela Funai, os fazendeiros vizinhos receberam uma indenização e a demarcação foi aprovada. A homologação foi oficializada em 1995.

Atualmente são 1381 o total de territórios demandados por povos indígenas no Brasil. Destes, 850 (61%) seguem com pendências istrativas em relação à sua regularização, de acordo com levantamento do 2023 do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). A presença do Cacique Raoni na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a criação do Ministério dos Povos Indígenas trouxe avanços, e esperanças aos povos. Porém, a morosidade dos processos demarcatórios, a violência contra os povos indígenas e a ameaça do marco temporal, que segue em processo de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), estão entre as queixas de lideranças em relação à atuação do governo.

Justiça climática e ancestralidade

O projeto de reflorestamento do território Guarani Mbyá destaca e une os termos “Justiça Climática” e “Ancestralidade”. Para eles, é natural, uma vez que seus “antigos” já se preocupavam e alertavam para a importância da preservação das florestas, da terra e das águas. 

A comprovação da eficácia das estratégias indígenas de manejo da terra é ancestral e é endossada por diversos estudos. Um estudo do MapBiomas de 2020 mostra que nos últimos 30 anos, as terras indígenas perderam apenas 1% de sua área de vegetação nativa, enquanto nas áreas privadas a perda foi de 20,6%.

Para Karaí Mirim, o desafio é seguir atuando com os recursos disponíveis e dentro da área designada. “Todas as etnias do mundo tem preocupação de plantar mais, cuidar da mata. Infelizmente a gente não tem essas coisas todas que precisa pra fazer. Primeiro que nós só temos as áreas demarcadas, fora disso já não é nosso território”, considera. E logo completa, com um certo humor: “Entre aspas, né”.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: indígenamarco temporalpovos indígenasterras indígenas
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