O presidente da Câmara Federal, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou neste sábado (7) que pode pautar um projeto que derruba o decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O aumento vale apenas operações de câmbio internacionais, com exceção de compras feitas no exterior por meio de sites.
Segundo Motta, a decisão será tomada em reunião do Colégio de Líderes da Câmara e do Senado e integrantes do governo neste domingo (8). “Temos um respeito muito grande ao colégio de líderes. Vamos amanhã, após a apresentação das medidas do governo, decidir sobre o PDL, que pode entrar na pauta na próxima terça-feira. Tudo isso será deliberado após essa conversa de amanhã”, afirmou em coletiva de imprensa no evento empresarial Fórum Esfera 2025.
O presidente da Câmara também afirmou que vai colocar em negociação uma proposta para cortar isenções e subsídios fiscais, e uma reforma istrativa. “Estamos colocando na mesa de discussão um corte nas isenções fiscais, que, ao longo do tempo, foram dadas em nosso país. Isenções essas que chegam a um número não mais possível de ar, isenções essas que não têm o mínimo de acompanhamento. É uma conta que só aumenta”, disse.
O aumento de IOF foi estabelecido pelo governo Lula há duas semanas, como alternativa ao corte de gastos que já atingiu R$ 31 bilhões. O aumento vale para operações de empresas, previdência privada de alta renda e câmbio. Compras com cartão de crédito ou pré-pago internacionais e câmbio aram a ter taxa de 3,5%. Previdências privadas com aportes mensais acima de R$ 50 mil aram ter taxa de 5%.
Desde que foi apresentado, o decreto de aumento de IOF recebeu ao menos 20 propostas para derrubá-lo no Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reuniu com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no dia 29, para tentar um acordo. Naquele dia foi estipulado um prazo de 10 dias para que o governo apresentasse uma nova proposta.