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Início Entrevista

SEGURANÇA PÚBLICA

“Demissão de secretário de Segurança é o começo do fim das UPPs”, diz delegado

Delegado Orlando Zaccone fala sobre as consequências da demissão do Secretário de Segurança José Mariano Beltrame

11.out.2016 às 18h37
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h37
Rio de Janeiro (RJ)
Fania Rodrigues
Zaccone: "Demissão de Beltrame em meio a uma crise da segurança é simbólica"

Zaccone: "Demissão de Beltrame em meio a uma crise da segurança é simbólica" - Zaccone: "Demissão de Beltrame em meio a uma crise da segurança é simbólica"

Em meio a uma das piores crises de violência dos últimos anos, o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame pediu demissão nesta terça-feira (11), depois de uma década à frente da pasta. Beltrame foi responsável pela implantação do projeto de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas principais favelas da cidade do Rio.

Para falar sobre as consequências da demissão, o Brasil de Fato entrevistou o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Orlando Zaccone, doutor em Ciência Política pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

O secretário de Segurança pediu a exoneração do cargo logo após intensos tiroteios em favelas na região de Copacabana, zona sul do Rio, durante operação na comunidade do Pavão-Pavãozinho, na segunda-feira (10). Três pessoas morreram, oito foram presas.

Confira a entrevista:

Brasil de Fato – O que significa a demissão do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame?

Orlando Zaccone  – A demissão de Beltrame em meio a uma crise da segurança é simbólica. É um marco do começo do fim do projeto falido das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Estamos voltando a 2008, quando as UPPs foram implementadas e a gente vivia uma crise muito parecida.

Brasil de Fato – E por que, em sua opinião, a UPP fracassou?

Porque violência não se resolve com polícia, mas com política pública. O projeto da UPP não era para acabar com o comércio de drogas, era apenas para conter os conflitos entre as diferentes facções criminosas e impedir que uma invadisse o território da outra gerando assim a guerra. Mas, para isso acontecer teria que ter um batalhão em cada favela. Só a Rocinha, por exemplo, tem o segundo maior batalhão do estado. Porém, não há policiais, nem recursos para atender um projeto dessa amplitude. Portanto, a UPP é um projeto economicamente insustentável.

Brasil de Fato – Mesmo nas comunidades já ocupadas?

Sim. Porque a UPP não era só um projeto de polícia. A promessa era levar a essas comunidades ocupadas uma boa política de habitação, cultura, educação. Isso não aconteceu. Depois veio a falência do estado do Rio de Janeiro e o projeto não só não conseguiu avançar, como também não está conseguindo se manter.

Brasil de Fato – O que provocou essa crise na segurança que estamos vendo hoje com tiroteios espalhados pela cidade? É uma nova ofensiva do tráfico de drogas?

Essa violência que estamos vendo no Rio de Janeiro nos últimos dias não é novidade. Estamos vendo um “museu de grandes novidades” pois essa violência em Copacabana é o resultado da proibição das drogas. Não tem como a gente falar de violência no Rio de Janeiro sem debater o tema da legalização das drogas. A proibição dessas substâncias criou uma indústria armamentista que envolve disputas por território e uma guerra entre grupos fortemente armados.

Brasil de Fato – O senhor acha que a sociedade brasileira está aberta a esse debate?

Não está por enquanto, mas, temos que começar a criar espaços para debatermos esse tema. Veja o exemplo dos Estados Unidos, um país com uma sociedade conservadora que em cinco anos mudou alguns cenários. Em 2014 fizeram um plebiscito e a legalização da maconha foi aprovada em quatro estados: no Alasca, em Oregon, Colorado e na capital Washington. Também foi legalizando o álcool que os EUA enfrentaram as máfias, como a do Al Capone, que faziam contrabando e venda de bebidas alcoólicas nas décadas de 1930 e 1940.

Brasil de Fato – Depois da demissão do secretário Beltrame, qual é o panorama da Segurança Pública?

A demissão do Beltrame representa o sintoma do fracasso da política que promoveu o encontro macabro entre o poder público e o poder privado na área de segurança. Empresários como Eike Batista patrocinaram essa guerra nas favelas por meio das UPPs. A violência nunca acabou, ela só tinha sido ocultada durante um tempo.

Brasil de Fato – Em sua opinião, qual seria o caminho para encontrar uma solução real para o tema da segurança no Rio?

Só existe uma maneira de conter a violência do Rio que é promover o debate sobre a legalização das drogas. E a legalização tem que vir junto com investimento em educação e outras políticas públicas. O uso dessas substâncias alcançou um estágio irreversível e precisamos falar sobre isso. O fato é que, infelizmente, nenhum problema será resolvido com o congelamento dos investimentos em saúde e educação, como o governo de Michel Temer (PMDB) está fazendo nesse momento com a proposta da PEC 241 que congela gastos públicos nos próximos 20 anos.

Editado por: Redação
Tags: segurança pública
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